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postada em 27/06/2020

Mobilidade Humana, acessibilidade e escolhas do cidadão

A Mobilidade Humana foi tema do debate promovido por meio do Projeto Vozes da Cidade desenvolvido em parceria entre a Fundação Ulysses Guimarães do Rio Grande do Sul e o Movimento Democrático Brasileiro de Porto Alegre. O encontro no sábado (27), realizado em plataforma online, reuniu nomes importantes na cena política e acadêmica gaúcha e no Brasil. O encontro virtual mediado pelo ex-prefeito e senador, José Fogaça e pelo Diretor da Fundação Ulysses Guimarães, Alexandre Bork, visa unir vozes protagonistas a provocarem reflexão e abordar soluções pertinentes ao transporte público de Porto Alegre. “As pessoas precisam entender o que a cidade precisa. É um desafio agora para o futuro. É preciso escutar e construir a cidade”, enfatiza Fogaça. 
Segundo os debatedores, o transporte público é um dos temas mais dramáticos em 2020 a partir do surgimento da pandemia. Não há tempo para esperar. É necessário uma mudança consciente. A mobilidade urbana tem dois pontos a serem considerados, a garantia de direitos por parte do poder público e a mobilidade que é a escolha do cidadão. Fogaça afirma que há a necessidade de estabelecer como financiar o transporte público em POA. Como garantir às pessoas que mais precisam realmente, para que a parcela mais carente tenha um transporte de qualidade, que garanta condições de exercer o direito fundamental prevista na Constituição Brasileira. 
Fatos históricos e recentes foram apontados como estopim para uma mudança urgente, unindo os poderes executivo, legislativo e sociedade civil. Diversos setores e serviços passam por processos de transformação. É preciso, assim como o mercado vê tendências, os setores públicos vejam possibilidades de salvar o sistema de transporte. Três soluções básicas foram alavancadas: a sustentabilidade, redução de custos e a melhoria e qualidade do serviço.
O pré-candidato à prefeitura de Porto Alegre, Sebastião Melo, que cumpre quarentena em função do Covid-19, fez questão de participar e apontou o planejamento coletivo e apoio do Governo Federal como fonte de financiamento regional como parte da solução. “Primeiro é preciso avaliar a necessidade de apoio Federal e segunda questão é integrar o Plano Diretor na região Metropolitana. Ações integradas. Onde existe o consórcio público integrado é onde está dando certo, como em Goiânia. É preciso mais diálogo”, chamou a atenção. 
O presidente do MDB Gaúcho, Alceu Moreira, que acompanhou o debate pelas redes sociais comentou que o transporte gratuito tem que ser subsidiado pelos poderes públicos. “Pobres subsidiando a passagens dos outros é uma injustiça”, afirmou.
Além dos convidados especiais, o ex-secretário municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico de Porto Alegre, o Engenheiro Civil e mestre em Engenharia de Produção e Ênfase em Transporte pela UFRG, Clóvis Magalhães, o professor PHD em Transporte, Luis Antonio Lindau, e o idealizador da E24 Mobile, Carlos Martins; o presidente da FUG-RS, João Alberto Machado, o encontro contou com a participação de representantes do Projeto Pacto-Alegre, vereadores, e lideranças da região metropolitana e interior do Estado. 
O próximo encontro ocorre no sábado (4) na página do facebook/fugrs, a partir das 10h.