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postada em 19/11/2015

Fundação Ulysses Guimarães do Rio Grande do Sul participa do Congresso da Fundação Nacional

Dois dias de debate por um país melhor. Esse foi o objetivo do Congresso Nacional da Fundação Ulysses Guimarães, que reuniu representantes das filiais de todos os estados. A equipe que representou a FUG/RS participou ativamente do Congresso.

De acordo com o presidente da Fundação Ulysses Guimarães do Rio Grande do Sul, João Alberto Machado, houve uma discussão intensa sobre o plano Uma Ponte Para o Futuro. “O texto é endereçado apenas ao mercado e trata de economia, sem considerar o histórico e as bandeiras do PMDB”, explica. Os presidentes das filiais receberam o documento como base para o início de um grande debate. “Entendemos que a base deva ser consultada e, principalmente, possa contribuir”, finaliza.

Além dos debates sobre o documento, foi apresentado ao senador Romero Jucá e ao presidente do conselho curador, Ezaqueu Nascimento, o planejamento da FUG/RS para os anos de 2015 e 2016. Segundo o presidente, planejamento é indispensável para uma boa gestão. “Por isso os projetos desenvolvidos pela filial tem trazido tantos retornos positivos”.

O presidente falou ainda sobre o projeto #JuventudeNaEstrada, uma iniciativa do Rio Grande do Sul que será adotada em todas as filiais do Brasil. “Esse projeto está permitindo que os jovens expressem suas opiniões para que juntos possamos construir um posicionamento de mudanças políticas no partido e na sociedade”, conta. 

 

Confira na íntegra a moção ao documento Uma Ponte Para o Futuro, elaborada pela FUG/RS:

Brasília, 13 de novembro de 2015.

 

Companheiros,

 

A história da democracia se confunde com a história do PMDB. Desde sua fundação, o MDB esteve atuando pautado na defesa de melhores condições de vida para o cidadão brasileiro.

A luta contrapôs o regime militar autoritário com diálogo, apoio popular e uma bandeira que se transformou no projeto de toda uma nação.

A nação possuía um sonho: ser livre, menos desigual e independente. Vencemos! O PMDB derrubou a ditadura sem derramar uma gota de sangue sequer.

Livres, sob a liderança de Ulysses Guimarães, o PMDB construiu e promulgou uma nova Constituição Federal, à luz do pensamento da maioria dos brasileiros, calcada na defesa dos direitos sociais, da liberdade e da soberania do Estado. A Carta Magna brasileira desde então, é conhecida como “Constituição Cidadã”.

O PMDB deu voz ao povo. A partir de uma ideia e do alinhamento com o anseio popular, nos tornamos gigantes!

Eleições após eleições, sempre identificados com as lutas populares, na defesa intransigente da democracia e acima de tudo, do diálogo!

Diferente de outros partidos, somos conhecidos pela capacidade de dialogar, pelo respeito à pluralidade de ideias e pela construção coletiva de posicionamentos. Nossos líderes têm essa identidade. Ulysses Guimarães era assim. Michel Temer é assim!

O Presente Congresso é um vitória da democracia interna e um convite para a reflexão acerca da possibilidade de atualização do nosso Programa partidário.

No entanto, o documento proposto como texto base, denominado “Uma Ponte Para o Futuro” nasce anômalo, desconexo com nossos princípios, nossa história e nossa identidade, razão pela qual as Filiais Estaduais da Fundação Ulysses Guimarães, aqui representadas por seus Dirigentes, Nacionais e/ou Estaduais abaixo assinados, mesmo reconhecendo a relevância da proposta que é a preservação da economia brasileira e de tornar viável o desenvolvimento da nação, discorda da FORMA e do CONTÉUDO.

Somos do PMDB que construiu e defende a Constituição Cidadã, que defende os trabalhadores, os pequenos empresários, a classe média, os operários, os cidadãos hipossuficientes.

Somos do PMDB que defende que os instrumentos de política econômica, fundamentados no princípio da soberania e sob o controle do Estado, e não da defesa do Estado mínimo, onde o mercado financeiro dita as regras para privilegiar poucos. Não queremos defender o Estado mínimo, nem o máximo, mas o Estado necessário no sentido da satisfação dos cidadãos e não, como no caso presente, na satisfação do próprio Estado em si mesmo.

Assim, é imperioso, dar gestão objetiva ao país, com a revisão imediata do expressivo volume de recursos que se perdem por absoluta falta de rumo. Responsabilidade Fiscal sim, mas Responsabilidade Social e Responsabilidade de Gestão, também. 

O PMDB, nos últimos 30 anos, foi elo fundamental de todos os governos, tempo de grandes acertos, mas cujos erros não podem e não devem deixar de serem reconhecidos, desafio de quem quer mudar para melhor, tema que passa então a ser maior. Nem discutir por discutir a vinculação constitucional, nem abolir por abolir, ao abrigo da justificativa que trata-se de restrição ao combalido orçamento. Se é momento de debate e de entendimento, é momento de discutir o custo com toda a sociedade, bem como o nível da otimização do atendimento. O fato de não ter dado totalmente certo nos encaminha ao aperfeiçoamento daquilo que pode e deve ser aperfeiçoado, caminho mais seguro e menos traumático evitando-se prejuízo aos que mais precisam.

Somos o PMDB do diálogo, de Ulysses e o PMDB de todos os peemedebistas;

Nosso PMDB tem dono sim!! É do povo brasileiro.

Isto posto, precisamos alterar a FORMA, e incluir o pensamento de milhares de dirigentes, militantes e filiados do partido na construção de “Uma Ponte para o Futuro”, para que ela deixe de ser uma expressão solitária e passe a vez e voz de todas às contribuições que venham se somar.

Acreditamos que fundamentos constitucionais não podem ser alterados por emenda, sob o risco de transformar nossa Carta num emaranhado distanciado da sociedade, razão pela qual, não há como uma proposta peemedebista propor a retirada do mínimo constitucional de investimento em saúde e educação, a prevalência de acordo coletivo de trabalho sobre a legislação e outras medidas, sem um amplo debate.

Precisamos fazer uma reflexão: Estamos no PMDB para melhorar a vida das pessoas, valorizando o trabalho, o acesso universal à saúde, educação, cultura e lazer, defender a Constituição Federal, o diálogo e a pluralidade de pensamento, a democracia e a soberania da nação, convidamos os senhores a discutir nosso Programa Partidário calcados nos princípios que sempre nos nortearam e transformaram o velho MDB no maior partido do Brasil.

Pretendemos avançar com mais democracia, mais justiça social e com o resgate da identidade com a população. Refutamos qualquer proposição que seja contrária às conquistas constitucionais e que dilacerem nossa história.

Diante do Exposto, encaminhamos:

1)  Que o documento, Uma ponte para o Futuro, seja nesta data reconhecido como texto base, que receberá contribuições;

2)  Que haverá plenárias em todos os estados, onde no mínimo a maioria absoluta, dos membros detentores de mandatos (Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais, Prefeitos, Vice-prefeitos e Vereadores) VOTEM sobre os pontos polêmicos aqui propostos, com a cooperação e apoio técnico da Fundação Ulysses Guimarães e de suas filiais;

 

Brasília, 17 de novembro de 2015

 

Fundação Ulysses Guimarães do Rio Grande do Sul