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postada em 05/08/2017

A Reforma Política na pauta do #JuventudenaEstrada

A retomada dos trabalhos, na tarde deste sábado,5, trouxe a Reforma Política como pauta do 11º Encontro Estadual da Juventude do MDB RS na Câmara de Vereadores de Gramado. Participaram do bate-papo com os cerca de 170 jovens o secretário de Gestão da Fundação Ulysses Nacional Chico Donato, o  cientista social Márcio Rodrigues e sociólogo Paulo Baía. 

 Surpreso,  Chico Donato revelou que governador acompanhar a juventude é coisa rara, coisa que só acontece no RS, referindo-se à presença, pela manhã, do Governador José Ivo Sartori no encerramento do ato político.

Para Donato, os jovens não podem assumir e ter a mesma postura que os políticos antigos. Como se faz uma reforma sendo que nem reformamos os partidos ainda? Nós não temos um partido organizado e queremos reforma no sistema de votação. No orçamento da União, o fundo partidário beira os R$900 milhões. Deste valor, quem tem direito aos recursos é o número de votos e de deputados eleitos. Deste valor, 25% é destinado às fundações partidárias. Dos 75% restantes, 60% são destinados aos estados e 15% é da executiva nacional. Por isso, nós precisamos ter um partido de gestão.

 Na opinião de  Márcio Rodrigues, a população demanda uma necessidade de renovação muito forte. Uma sugestão minha poderia ser um teto de doações de empresas. Isso evitaria que empresas dominassem e corrompessem políticos. Isso porque na última eleição da presidência, 10% do valor doado veio da JBS.

Sob a análise de Paulo Baía, o  distritão tem um impacto muito grande na vida dos partidos porque vai favorecer o surgimento de outras legendas. Esse impacto, segundo ele,  vai fazer com que as siglas passem por um processo interno de corte e vai favorecer o surgimento de outros grupos. Hoje nós temos 37 partidos registrados e beiramos cerca de 56 prontos para serem aprovados. A proposta do distritão afeta a renovação, mas não deixa de existir do ponto de vista da sociedade e dos candidatos. De qualquer forma, eu acredito que se não houver um grande movimento interno dos partidos, o distritão será aprovado.Também as coligações não irão acabar mas passarão por reformulações, em especial no sistema distrital misto.

 A gerente nacional de formação política Elisiane da Silva observou que o embasamento de formação da Fundação Ulysses Guimarães parte do princípio de que política se faz o tempo todo e está em tudo na vida de todos. Isso para lembrar que período eleitoral não pode ser definido em curto espaço de tempo, mas que é necessário elaborar propostas de ações permanentes. “Precisamos pensar num modelo que fuja do convencional”, acentuou.