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postada em 27/07/2017

Vida longa às mulheres Negras, Latinas, Americanas e Caribenhas com Kátia Lôbo

Foram vários os momentos de muita reflexão durante o Seminário Vida Longa às mulheres negras, afros, latinas, americanas e caribenhas, realizado na quarta-feira,26, no plenário Ana Terra da Câmara de Vereadores de Porto Alegre. A abertura oficial, às 17h, contou a presença da vereadora Comandante Nádia, e dos vereadores Idenir Cechin e Walter Nagelstein, da bancada peemedebista na casa legislativa.O diretor da Fundação Ulysses Guimarães-RS, Clóvis André da Silva, assinalou a importância de se promover eventos em torno do tema que ainda necessita  de visibilidade.

                A Mulher Negra e o Empreendedorismo: desafios e legados com a palestrante Carla Montenegro foi o tema que abriu os debates do encontro. Por meio de diferentes exemplos, alguns históricos, Carla acentuou o esforço a mais necessário às mulheres negras que almejam qualificar as relações de trabalho. E, segundo ela, a busca pelo sustento ou melhoria da renda muitas vezes só vem quando as mulheres o fazem por iniciativa própria.

                O babalorixá Branco de Oxalá trouxe múltiplos aspectos da religiosidade afro em O Sagrado de Uma Tradição.  Além de destacar o crescimento, apontou características  que necessitam ser amadurecidos pelas religiões de matriz africana. O colorido dos orixás tomou conta do espaço com os batuques, danças e vestes das divindades do ritual africanista promovido pelo grupo Ododuá e Herança Africana.

                A relevância e a importância do Dia Internacional das Mulheres Afros, Latinas, americanas e Caribenhas e Dia Nacional da Mulher Negra foi o grande assunto da noite. Com a ativista das mulheres negras, Kátia Lôbo, o tema percorreu a história de luta de diversas mulheres negras brasileiras. Kátia também observou a diferença de tratamento na relação de trabalho entre homens e mulheres e mulheres brancas e mulheres negras. O grupo cultural Balanço da Ginga foi o responsável pelo encerramento.

 

“Ser mulher e ser negra é ser excluída em dobro. É por isso que precisamos nos aceitar. Temos de ver as diferenças nas especificidades que existem em qualquer grupo. Temos de desenvolver a consciência de que podemos e devemos estar em qualquer espaço de poder e representação.  Tenho 55 anos, milito há 38, passei por muitas dificuldades, mas sempre soube o que queria. Tinha um ideal”, resumiu Kátia.